Atrás de um olhar pueril
Está escondida a inocência
Que aos poucos se esvai.
Todas as palavras desenhadas
Não passam de rabiscos
E sentimentos que não existem
Fora da cabeça de uma criança.
Tudo se resume em fotografia.
Aquela cantiga de ninar já não faz efeito.
Quero o abraço do meu cobertor de estimação,
A mamadeira que joguei fora,
E as lembranças que se foram com eles.
Tantos riscos azuis já foram nuvens.
Passarinhos imaginários.
Enquanto as lembranças se apagam,
Sei que me faltou um caderno para anotar sonhos.
Esqueço-me do que sou.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Fotografia
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espelho espelho meu
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Companhia (para marcos assis)
Caminhava só.
Acompanhado apenas dos pensamentos,
Que respondiam todas as perguntas.
Não havia mais ninguém.
Somente Corpos.
Vi-ven-do;
Sem querer – sem saber.
A certeza de que é assim –
E sempre será –,
É uma verdade egoísta – mas é a única.
Companheiros são sombras.
Acompanhado apenas dos pensamentos,
Que respondiam todas as perguntas.
Não havia mais ninguém.
Somente Corpos.
Vi-ven-do;
Sem querer – sem saber.
A certeza de que é assim –
E sempre será –,
É uma verdade egoísta – mas é a única.
Companheiros são sombras.
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Só.Mente
Só por hoje:
Me afogarei em piscinas de algodão.
Beberei o vento,
Até que minha bexiga estoure.
Comerei meus pensamentos - tentando digeri-los -
E terei indigestão.
Ascenderei todo meu sangue
Em busca de um trago profundo - que me sufoque.
Desenharei em um guardanapo qualquer: um cérebro substituto.
O que pensar sobre o que escrevo?
Talvez seja assim mesmo: eu sou só isso - só.
Se for assim que seja:
O que já é só.mente.
Entre um rim e outro,
Me sinto cada vez mais leve.
Escarro meu coração que pulsa - .............
Fora...............................................................
.........................................................de..........
...........................compasso........................... -
Em minha mão.
Esse suor que me arde os olhos
Não é meu.
A saliva que meu pulmão respira:
Me deixa engasgado.
Tosse.
Me afogarei em piscinas de algodão.
Beberei o vento,
Até que minha bexiga estoure.
Comerei meus pensamentos - tentando digeri-los -
E terei indigestão.
Ascenderei todo meu sangue
Em busca de um trago profundo - que me sufoque.
Desenharei em um guardanapo qualquer: um cérebro substituto.
O que pensar sobre o que escrevo?
Talvez seja assim mesmo: eu sou só isso - só.
Se for assim que seja:
O que já é só.mente.
Entre um rim e outro,
Me sinto cada vez mais leve.
Escarro meu coração que pulsa - .............
Fora...............................................................
.........................................................de..........
...........................compasso........................... -
Em minha mão.
Esse suor que me arde os olhos
Não é meu.
A saliva que meu pulmão respira:
Me deixa engasgado.
Tosse.
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