Atrás de um olhar pueril
Está escondida a inocência
Que aos poucos se esvai.
Todas as palavras desenhadas
Não passam de rabiscos
E sentimentos que não existem
Fora da cabeça de uma criança.
Tudo se resume em fotografia.
Aquela cantiga de ninar já não faz efeito.
Quero o abraço do meu cobertor de estimação,
A mamadeira que joguei fora,
E as lembranças que se foram com eles.
Tantos riscos azuis já foram nuvens.
Passarinhos imaginários.
Enquanto as lembranças se apagam,
Sei que me faltou um caderno para anotar sonhos.
Esqueço-me do que sou.
2 comentários:
Amei isso. Epoca de fada do dente, lembrar disso faz bem!
eu tenho saudade de um paninho macio que eu carregava pra todo lado...
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