Dentro da menor caixa,
Dentro de todas as outras maiores.
Lá está a resposta.
Surpresas já me cansam.
Odeio esse joguinho de abrir presentes - dentro de presentes.
Caixas e mais caixas,
Que nunca acabam.
E pra piorar sempre tem papel picado entre uma e outra.
Isso me causa uma náusea enfurecida.
Vômito de liberdade.
Sai tudo, até as vísceras impuras,
Ensangüentadas,
Fétidas;
Inúteis.
Quero minha casa.
Minha cama.
Meus livros!
E aquela poltrona que nunca tive.
-Por favor, apague a luz! Vou ler agora.
As lentes dos meus óculos estão invertidas.
O lápis já não tem ponta.
A música começou em seu fim - meu fim.
A inércia dessa reticência infinita.
Cambalhotas.
Acrobacias ousadas...
Gravidade zero.
Todo mundo voando - menos aqueles que cortaram suas asas.
A porta se abriu,
Mas no fim do corredor tem outra.
- O banheiro é a segunda à esquerda.
Droga!, papel higiênico acabou.
Sem lápis, sem papel...
Liga o chuveiro e escreve com o dedo no espelho embaçado:
Não sei você,
Mas tenho uma sensação de estar sendo sonhado.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Viagem Coletiva
Uma guitarra que canta.
Cada fresta da música,
Era completada por seis cordas,
Duas mãos...
E uma viagem coletiva.
O irreal perseguia todos os pensamentos.
Vontade de perguntar:
- Você está vendo isso?
Ninguém poderia responder.
Tudo pode ter sido apenas:
Mais uma conversa telepática alucinógena.
Cada fresta da música,
Era completada por seis cordas,
Duas mãos...
E uma viagem coletiva.
O irreal perseguia todos os pensamentos.
Vontade de perguntar:
- Você está vendo isso?
Ninguém poderia responder.
Tudo pode ter sido apenas:
Mais uma conversa telepática alucinógena.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Caleidoscópio da Vida
Gira o caleidoscópio da vida.
Os acontecimentos caem.
Pessoas aparecem.
Lugares mudam.
Sentimentos somem.
Para cada forma bonita,
Só resta ser guardada na memória.
Gira o caleidoscópio da vida,
Muitas vezes precipitadamente - na maioria das vezes.
E tudo muda:
Pessoas caem.
Lugares aparecem,
Sentimentos mudam.
Acontecimentos somem.
Para cada forma feia,
Almeja-se um giro... que não vem.
Gira o caleidoscópio da vida.
Pode ser seu último giro,
Mas se não for, um dia será.
Lembre-se de cada giro,
Espere ansiosamente cada novo giro.
No caleidoscópio da vida,
Há sempre coisas horríveis.
Mas há também coisas magníficas.
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além do reflexo
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Alguém que nunca vi
O som de um violão que nunca conheci.
A voz sublime de alguém que não conheço.
Mas alguém conhece.
Conheceu.
Irá conhecer.
O ar fresco, puro: certeza de paz.
Excelsitude extraterrena.
Uma dose de natureza incalculável;
Respira, come, canta, sente, vive felicidade.
Em tudo que está presente,
Tudo que disse: a alegria.
Sonho feliz.
A voz sublime de alguém que não conheço.
Mas alguém conhece.
Conheceu.
Irá conhecer.
O ar fresco, puro: certeza de paz.
Excelsitude extraterrena.
Uma dose de natureza incalculável;
Respira, come, canta, sente, vive felicidade.
Em tudo que está presente,
Tudo que disse: a alegria.
Sonho feliz.
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domingo, 3 de janeiro de 2010
Coração de Brinquedo
Coração errante
Corre...
Bate acelerado.
A risada finda.
Sarcástica,
Seca...
Idiota.
As pernas cansadas,
Trêmulas
Já nem sabem aonde vão.
O corpo pesado - sem o peso da consciência -
Segue na constante inércia de um passo.
E passa...
Vento, instante, hora.
Passa a vez.
A cabeça rola,
Porque o pé chuta.
E só bate na trave.
Ruim de mira.
Coração de plástico
Para...
Já nem bate mais.
Corre...
Bate acelerado.
A risada finda.
Sarcástica,
Seca...
Idiota.
As pernas cansadas,
Trêmulas
Já nem sabem aonde vão.
O corpo pesado - sem o peso da consciência -
Segue na constante inércia de um passo.
E passa...
Vento, instante, hora.
Passa a vez.
A cabeça rola,
Porque o pé chuta.
E só bate na trave.
Ruim de mira.
Coração de plástico
Para...
Já nem bate mais.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Embriaguez
A derrota de um dia ressaqueado.
Lembrar das brincadeiras de criança causa algum tipo de náusea.
A garganta seca: arranha;
E o amargo na boca.
O corpo treme.
Pede um banho de cachoeira - que não tem.
Bebi toda minha felicidade em um copo de rum,
Mas foi muito pouco.
Feliz ano velho amigos!
Lembrar das brincadeiras de criança causa algum tipo de náusea.
A garganta seca: arranha;
E o amargo na boca.
O corpo treme.
Pede um banho de cachoeira - que não tem.
Bebi toda minha felicidade em um copo de rum,
Mas foi muito pouco.
Feliz ano velho amigos!
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