quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ódio

Ódio do medo que tive
Que me tem;
Do tempo que não volta
Nem uma vez e muito menos duas;
Das tardes póstumas que foram vazias;
Dos caminhos percorridos
Sem o elo manual.

Ódio de sentido que fui
Sem sentir que queria ter;
Do tamanho do mundo gigante
E de maiores serem os sentimentos.

Ódio de ter que morrer
Pra saber que vivia;
De ter que arrepender
Pra saber o que queria.

Ódio do chão que me fugiu aos pés
E da queda no abismo da insegurança.

Ódio do medo que tive
Que me teve
Que me tem;
Do amor que destruí
Pra saber que existia.

4 comentários:

Gabi disse...

Ritmo das Criaturas disse...

tarde póstumas que foram vazias...
sensacional!!

isabella disse...

Do amor que destrui para saber que existia.!
Muitoo bom.. cada dia me surpeendo amis..! agora achoq ue na sua faze amadurecimento!
Com certezA!

Arthur disse...

Num entendi muito bem não ou não fui entendido, mas é isso ai...