quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sentimenticídio

Eu vejo tudo escrito
Nos pregos que o faquir se deita
Encima das cabeças
De quem se ignora.
Com repulsa ao outro
E ojeriza ao mundo
Não se sabem nem se vêem,
Só se deprimem
Morrendo todo dia mais um pouco.

A esse cotidiano batizei suicídio:
Sentimenticídio.

- Sol?
- Lua?
- Estrelas?
- Isso existe ainda?

O que falta é desfibrilador
Pra que o coração do mundo
Volte a girar.
Não mais: fibrilado.

2 comentários:

isabella disse...

Pureza é o que vejo.

ana f. disse...

"eu vou de escada pra desfibrilar a dor"